Parkinson tem cura?
Se não for tratada, a doença piora até a pessoa se tornar completamente
inválida. O Parkinson pode levar à deterioração de todas as funções cerebrais e
à morte prematura.
A maioria das pessoas responde bem aos medicamentos. A eficácia dos
medicamentos em aliviar os sintomas e a duração desse efeito pode ser diferente
em cada pessoa. Os efeitos colaterais dos medicamentos podem ser graves.
Convivendo/ Prognóstico
Se você foi diagnóstico com o Parkinson, você vai precisar trabalhar em
conjunto com o a equipe médica para encontrar um plano de tratamento que
oferece o maior alívio dos sintomas e com menos efeitos colaterais possíveis.
Certas mudanças de estilo de vida também podem ajudar a fazer a vida com a
doença de Parkinson mais fácil, a exemplo de:
- Boa
nutrição e saúde geral
- Exercícios,
mas ajustando o nível de atividade de acordo com os níveis flutuantes de
energia
- Períodos
regulares de descanso e evitar o estresse
- Fisioterapia,
fonoaudiologia e terapia ocupacional
- Corrimãos
colocados em áreas comumente usadas na casa
- Utensílios
especiais para comer
Os assistentes sociais ou outros serviços de aconselhamento podem ajudar
você a lidar com a doença e obter assistência (como onde encontrar serviços de
comida em domicílio).
Convivendo com Mal de
Parkinson - SAIBA MAIS
Complicações possíveis
A doença de Parkinson é muitas vezes acompanhada por alguns problemas
adicionais, que podem ser tratáveis:
- Dificuldade
de memória, surgimento de problemas cognitivos, demências e dificuldades
de raciocínio
- Depressão
e alterações emocionais
- Você
também pode experimentar outras alterações emocionais, como o medo, a ansiedade ou a perda de
motivação. O médico pode dar-lhe medicamentos para tratar esses sintomas
- Dificuldades
com a deglutição
- Problemas
e distúrbios do sono
- Problemas
de bexiga
- Prisão
de ventre
- Alterações
da pressão arterial
- Problemas
de olfato
- Fadiga
excessiva e prostração
- Dor.
Muitas pessoas com doença de Parkinson experiência de dor, seja em áreas
específicas de seus corpos ou em todo o corpo
- Disfunção
sexual
visão geral
O que é Parkinson?
Parkinson é uma doença progressiva do sistema neurológico que afeta
principalmente o cérebro. Este é um dos principais e mais comuns distúrbios
nervosos da terceira idade e é caracterizado, principalmente, por prejudicar a
coordenação motora e provocar tremores e dificuldades para caminhar e se
movimentar. Não há formas de se prevenir o Parkinson.
Causas
As células nervosas usam uma substância química do cérebro chamada
dopamina para ajudar a controlar os movimentos musculares. O Parkinson ocorre
quando as células nervosas do cérebro que produzem dopamina são destruídas
lenta e progressivamente. Sem a dopamina, as células nervosas dessa parte do
cérebro não podem enviar mensagens corretamente. Isso leva à perda da função
muscular. O dano piora com o tempo.
A causa exata do desgaste destas células do cérebro é desconhecida, mas
os médicos acreditam que uma mistura de fatores possa estar envolvida:
- Genética:
mutações genéticas específicas podem estar envolvidas nas causas do
Parkinson, mas estes casos são raros, acontecem geralmente com membros da
família afetados pela doença de Parkinson. No entanto, algumas mutações
genéticas parecem aumentar o risco de doença
- Meio
ambiente: a exposição a determinadas toxinas ou fatores ambientais podem
aumentar o risco de doença de Parkinson no futuro, mas o risco é
relativamente pequeno.
Fatores de risco
Alguns fatores são considerados de risco para o desenvolvimento do
Parkinson. Veja:
- Idade:
jovens adultos raramente apresentam a doença de Parkinson, pois ela é mais
comum em pessoas na terceira idade. O risco do Parkinson aumenta com a
idade. As pessoas costumam desenvolver a doença em torno de 60 anos de
idade ou mais
- Hereditariedade:
Ter um parente próximo com a doença de Parkinson aumenta as chances de uma
pessoa desenvolver a doença. No entanto, os riscos ainda são pequenos, a
menos que a pessoa tenha muitos parentes que apresentem a doença
- Gênero:
homens são mais propensos a desenvolver a doença de Parkinson do que
mulheres
- Exposição
a toxinas: exposição contínua a herbicidas e pesticidas pode colocar uma
pessoa em um risco ligeiramente aumentado de doença de Parkinson.
Sintomas de
Parkinson
O Parkinson pode afetar apenas um ou ambos os lados do corpo, e o grau
de perda de funções causada pela doença pode variar dependendo do caso.
Os sintomas costumam ser suaves no início, incluindo:
- Tremores
- Lentidão
dos movimentos
- Rigidez
muscular.
Mais para frente, conforme o quadro evolui, os sintomas mais
significativos são:
- Inclinação
do corpo para frente
- Passos
mais curtos
- Redução
do movimento dos braços ao andar.
Além disso, o Parkinson avançado apresenta outros sintomas motores como:
- Diminuição
ou desaparecimento de movimentos automáticos (como piscar)
- Tendência
a babar
- Dificuldade de engolir
- Falta
de expressão no rosto (aparência de máscara)
- Dores
musculares (mialgia)
- Dificuldade
para começar ou continuar o movimento, como começar a caminhar ou se
levantar de uma cadeira
- Perda
da motricidade fina (a letra pode ficar pequena e difícil de ler, e comer
pode se tornar mais difícil)
- Tremores que desaparecem durante
o movimento.
Também há a presença de sintomas não motores como:
- Intestino preso e constipação
- Pode
piorar com o cansaço,
excitação ou estresse
- Voz
para dentro, mais baixa e monótona
- Ansiedade, estresse e tensão
- Confusão
- Demência
- Depressão
- Desmaios
- Alucinações
- Perda
de memória.
Flutuação motora
Pacientes em tratamento do Parkinson pode apresentar a chamada flutuação
motora, em que os sintomas oscilam conforme o efeito da medicação: tendo um
ápice de melhora quando o medicamento faz efeito e depois uma queda desta
sensação. Isso é causado quando o paciente toma doses muito altas de levodopa,
um dos principais medicamentos contra o Parkinson.
diagnóstico e exames
Buscando ajuda
médica
Procure um médico se você apresentar qualquer um dos sintomas descritos
acima e que se encaixem com os de Parkinson. Busque ajuda médica, também, se os
sintomas piorarem ou caso apareçam novos sintomas.
O especialista que você deve consultar é um neurologista.
Na consulta médica
Leve todas as suas dúvidas sobre a doença para o consultório médico e
aproveite para sanar todas elas. Pergunte tudo ao médico e responda a todas as
perguntas que ele lhe fizer de forma clara e objetiva.
Ajude-o também a confirmar o diagnóstico: descreva seus sintomas com
detalhes.
Veja abaixo exemplos do que o médico poderá lhe perguntar:
- Quando
seus sintomas começaram?
- Os
sintomas são frequentes ou ocasionais?
- Há
alguma medida que possa melhorar ou piorar seus sintomas?
Diagnóstico de Parkinson
Não existem exames disponíveis para diagnosticar Parkinson. Um
neurologista irá diagnosticar a doença com base no histórico médico do paciente
e na revisão de seus sinais e sintomas, além de um exame neurológico e físico.
O médico pode, ainda, solicitar alguns exames para descartar outras
condições que possam estar causando os sintomas.
Além de exames, o médico pode lhe receitar carbidopa-levodopa, a
medicação típica da doença de Parkinson. Melhoras significativas nos sintomas
após o início de uso desta medicação, muitas vezes, pode confirmar o diagnóstico
de Parkinson.
Às vezes é preciso tempo para diagnosticar a doença de Parkinson. Os
médicos podem recomendar consultas de acompanhamento regulares com
neurologistas especialistas em distúrbios do movimento para avaliar a condição
do paciente e os sintomas ao longo do tempo para, só aí, poderem diagnosticar
ou não a doença de Parkinson.
)
tratamento e cuidados
Tratamento de
Parkinson
Não há cura conhecida para o Parkinson. O objetivo do tratamento é,
prioritariamente, controlar os sintomas. Para isso, são usados basicamente
medicamentos. Mas uma cirurgia pode ser necessária em alguns casos.
O médico também poderá recomendar mudanças no estilo de vida do
paciente, especialmente a inclusão de exercício aeróbio contínuo no dia a dia
da pessoa doente. Em alguns casos, a terapia física também será necessária para
melhorar o senso de equilíbrio do paciente.
SAIBA MAIS
Medicamentos
Medicamentos podem ajudar a tratar problemas com o andar, movimentos e
tremor, aumentando a quantidade de dopamina no cérebro.
Você haver uma melhora significativa dos sintomas após o início do
tratamento. Ao longo do tempo, no entanto, os benefícios dos medicamentos
frequentemente diminuem ou tornam-se menos consistentes, embora os sintomas
geralmente possam continuar a ser razoavelmente bem controlados.
O médico pode prescrever derivados da levodopa, anticolinérgicos,
amantadinas, entre outros.
É comum que aconteça a flutuação motora em pacientes que tomam levodopa,
em que a intensidade dos sintomas varia ao longo do dia, conforme o pico de
ação do medicamento. Normalmente isso pode ser controlado distribuindo melhor
as doses ou fazendo associações medicamentosas.
Cirurgia
Com menor frequência, a cirurgia pode ser uma opção para pacientes com
Parkinson severo que já não responda a muitos medicamentos. Essas cirurgias não
curam o Parkinson, mas podem ajudar alguns pacientes:
- Na
estimulação cerebral profunda (DBS), o cirurgião implanta estimuladores
elétricos em áreas específicas do cérebro para ajudar o movimento
- Outro
tipo de cirurgia destrói os tecidos cerebrais que causam os sintomas do
Parkinson.
Medicamentos para Parkinson
Os medicamentos mais usados para o tratamento da doença de Parkinson
são:
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu
caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca
as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do
medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em
quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
prevenção
Prevenção
Infelizmente não existe como prevenir o aparecimento do Parkinson em
pessoas predispostas a esta doença. No entanto sabe-se que pessoas com melhor
condições físicas, principalmente condicionamento físico, são menos propensas a
apresentar a doença e também apresentam melhor evolução.
Além disso, indivíduos com o hábito de tomar café parecem ter menos
risco de apresentar o quadro.
fontes e referências
- Neurologista
Egberto Reis Barbosa (CRM-SP 19.843), chefe do ambulatório de Parkinsondo
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade São paulo
(HC-FMUSP)
- Neurologista
Henrique Ballalai (CRM-SP 44.250), professor afiliado Livre-Docente do
Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São
Paulo
- Sociedade
Brasileira de Neurologia
Texto publicado pela Academia Brasileira de Neurologia
REVISADO POR
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